Programação CCB/Fábrica das Artes para a temporada 2016/2017


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A Fábrica das Artes abre a sua programação 2016/2017 com a 7.ª edição do Big Bang – Festival de Música e Aventura para um Público Jovem. O Big Bang parte de uma iniciativa da Zonzo Compagnie. É um projeto internacional que integra oito instituições culturais de sete países europeus e que conta com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia. Continuará o caminho que vem a fazer com os seus parceiros no sentido da partilha, da reflexão, da vontade de criar, de trocar e de impulsionar projetos musicais para crianças na Europa.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa associou-se ao CCB/Fábrica das Artes para, no decorrer desta temporada, apresentar quatro concertos dirigidos a jovens públicos e a famílias. Ainda em 2016, no âmbito do festival Big Bang, A areia nunca cai no mesmo sítio leva-nos pelas músicas de Debussy e de Milhaud através da ilustração executada ao vivo em areia. Temos ainda A Minha Mãe Ganso, de Ravel, um concerto narrado. Em 2017 teremos dois concertos comentados que levam à descoberta de dois gigantes da música clássica: Felix Mendelssohn e Piotr Ilitch Tchaikovsky.

Serão apresentadas no CCB quatro estreias que darão continuidade à nossa pesquisa sobre a criação artística para todas as infâncias: Isto não é uma Nuvem, espetáculo-oficina para bebés de Mara Maravilha; Qual é o som da tua cara?, concerto para piano e desenho de Filipe Raposo e António Jorge Gonçalves; Manipula#Som um espetáculo de música e artes circenses da Radar 360º; e MUSAico, composição Operática Plástica da Trupe dos Bichos.

Destacamos ainda a 5.ª edição de Música pra Ti – miniconcertos informais para famílias. Instrumentos Improváveis de forte componente visual são trazidos por músicos do universo da música eletrónica e experimental que chegam ao CCB vindos de todo o mundo: Elis Gras, Pamelia Stickney, Thierry Madiot, Vicent Martial, Sonoscopia (Henrique Fernandes e Gustavo Costa) e Hanna Hartmann

Apresentamos, entre janeiro e abril, o ciclo Memórias de Intenção Política, para jovens públicos. Integra cinco projetos que têm em comum a transposição literária de histórias autobiográficas para um espaço performativo íntimo: Terra Sonâmbula, de Nuno Pino Custódia e Rosinda Costa; A Minha Casa Era a Sede, de Judite Fernandes e Teresa Gentil; Cartas de Damasco, de Ana Lázaro; Agora Eu Era, de Pedro de Moura e Marta Bernardes; Um Mini Museu Vivo de Memórias de Portugal Recente, de Joana Craveiro/Teatro do Vestido.

Ensaiamos assim possíveis proximidades entre juventude, política e participação.

O livro e documentário Nós Pensamos Todos em Nós, lançado em maio de 2016, revela claramente o primeiro ciclo de sete anos e meio do trabalho de programação do CCB / Fábrica das Artes, oferecendo o registo e a reflexão que fizemos sobre criação artística, infância e públicos. É a partir da riqueza e da profundidade alcançadas neste encontro com artistas - por eles, por crianças e por jovens espetadores, por educadores, programadores e pensadores das diferentes áreas - que partimos agora, do lugar do recomeço, para ativar novas potências e descobrir novas possibilidades.


Madalena Wallenstein
Coordenadora e programadora do CCB [Fábrica das Artes - Projeto educativo]

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