Encontros - Formação | Ciclo Festa de Desaniversário
Walter Omar Kohan, Dina Mendonça, Magda Costa Carvalho, Rita Pedro, Dora Batalim
Posso ter isto mais vezes, em mais dias da minha vida, a pensar, a discutir, a filosofar?
Conduzidos pela escuta e pelo princípio da contaminação, explorando os espaços «Entre», somos convidados a ponderar outros possíveis; novos territórios, nos quais se esbatem fronteiras entre arte, filosofia e educação e se experimentam outras relações com as infâncias. Talvez o papel da programação artística dirigida a estes públicos seja o de propor contextos-simulacros em que as infâncias se criam a si mesmas.
Ao longo desta temporada, convidamos quatro pensadores de diversas geografias que desenvolvem práticas de filosofia para/com crianças e literatura, com abordagens e explorações temáticas diferenciadas, em contextos académicos, artísticos, educativos e de intervenção social, para oferecer este encontro-formação. Lançamos o desafio de tomarem como ponto de partida comum os universos literários de Alice, de Lewis Caroll, e as experiências artísticas desencadeadas através das propostas dos criadores que integram este programa.
FESTA DE
WALTER OMAR KOHAN
Em busca da maravilha
O encontro-experiência de formação pretende criar um modo comum de pensar, sentir e afirmar as relações entre arte, educação e filosofia. Esse modo comum, que vive de diferenças, tem algo de infantil: curioso, inquieto, brincalhão, ele percebe o mundo como se sempre o percebesse pela primeira vez.
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DINA MENDONÇA
Questionar, Pensar e Dialogar
A formação mostra como a filosofia aumenta a capacidade de diálogo. Mostrar-se-á que ao promover o questionamento e ao cultivar o hábito de problematizar assuntos é criado um ambiente de comunidade para pensar com outros. Nesta formação a teoria e prática interligam-se mostrando que as estratégias apresentadas ao longo das sessões utilizáveis em vários contextos educativos oferecem, ao mesmo tempo, uma forma de pensar o que significa promover a capacidade de pensamento de uma comunidade.
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MAGDA COSTA CARVALHO
O tempo da infância no espelho da filosofia
As crianças cronológicas e as suas perguntas constituem desafios inestimáveis para, em qualquer idade, problematizarmos o que nos envolve e, até, pensarmos diferentemente. Tal como acontece com a Alice, deparam-se-nos paradoxos, acontecimentos e devires. Este é um tempo aliciano, de fuga ao presente cronológico, uma recusa do pensamento cindido entre um antes (passado) e um depois (futuro): um pensamento que estica o presente, em busca dessa maravilha que é o tempo perdido.
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RITA PEDRO
Entrar no território do Espanto
Tal como em Alice no País das Maravilhas, as crianças, com todas as suas perguntas, filosofias e porquês, convidam-nos a entrar no território do espanto. Para isso, é necessário não só ultrapassarmos barreiras bem traçadas da racionalidade adulta como, também, abrir-nos ao inesperado e ao imprevisível que traz consigo uma nova lógica associada à Infância. Trata‑se de acolher as interrogações das crianças dentro e fora da escola, assim como alargar o espaço de liberdade de expressão entre o adulto e a criança.
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DORA BATALIM
Ler o Espelho: Alice e Peter - Livros, literatura e ilustração
Uma oficina para adultos interessados em livros infantis e nos universos literários de Alice no País das Maravilhas e de Peter Pan. Mergulharemos nos conceitos de infância, crescimento e identidade, cruzando em diálogo estas obras e outras, de forma concreta e exemplificada. As interseções com demais linguagens artísticas (oralidade, ilustração, design, performance) serão naturalmente convocadas com vontade de desmanchar limites no pensamento e de aprofundar o olhar dos que se dirigem à criança (e a si próprios), a partir dos livros que são incríveis nessas possibilidades.
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WALTER OMAR KOHAN
Encontro final – Desaniversário
O que marca o fim de um caminho de pensamento e criação? O que encontramos ao final do caminhar junto com outras e outras caminhantes? E se o fim fosse um novo início? E se a filosofia fosse a arte de buscar um começo para o pensar mesmo ou, sobretudo, quando há que se terminar um percurso comum, compartilhado? Filosofia, uma arte infantil? Filosofia, uma arte de se começar a pensar escutando as vozes da infância?
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WALTER OMAR KOHAN é professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Cientista de Nosso Estado na FAPERJ. É pós-doutorado pelas Universidades de Paris 8 (França) e British Columbia (Canadá). É orientador de mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos na área de Filosofia da Educação. Das suas publicações destacam-se os seguintes títulos editados em português: Manifesto por uma escola filosófica popular (NEFI, 2018); O mestre inventor (Autêntica, 2013); A escola pública aposta no pensamento (Autêntica, 2012); Filosofia para crianças (Lamparina, 2010); Infância, estrangeiridade e ignorância (Autêntica, 2008); Infância. Entre educação e filosofia. (Autêntica, 2003); Filosofia na escolar pública (Vozes, 2000).
RITA PEDRO, Mestre em Filosofia pela Universidade Nova, sob a orientação do Professor José Gil. Investigadora associada do Laboratório de Pesquisa em Filosofia Prática e Aplicada da Faculdade de Egeu. Desde 1999, coordena e desenvolve projetos de pesquisa teórico-prática e de formação, na interceção entre Infância, Filosofia, Educação e Arte; nomeadamente artes performativas (Fábrica das Artes/CCB, Comédias do Minho, Teatro Luca). Desde 2006, desenvolve essa pesquisa em contextos socioeconómicos e culturais diversos (Moinho da Juventude/Cova da Moura, Atelier Mar/Cabo Verde, Museu de Etnologia).
ASSESSORIA À FORMAÇÃO E ACREDITAÇÃO CATARINA GOUVEIA
PARCERIAS UNIVERSIDADE DOS AÇORES, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E NEFI
PRODUÇÃO CCB/Fábrica das Artes
PROGRAMAÇÃO INSERIDA NO CICLO DE FESTA DE DESANIVERSÁRIO
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